Senado pode acabar com carros a gasolina e diesel em 2040, mas o etanol continua

Na última quarta-feira (20/3), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) realizou uma reunião crucial, discutindo uma série de temas, incluindo um projeto de lei que poderia transformar drasticamente o cenário automotivo no Brasil. O Projeto de Lei do Senado 304/2017 propõe a proibição da venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, a partir de 2030. Além disso, a partir de 2040, a circulação de automóveis desse tipo poderia ser totalmente proibida.

A proposta, apresentada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), tem como objetivo reduzir as emissões de dióxido de carbono na atmosfera, um importante agente causador do efeito estufa e do aquecimento global. Nogueira destaca que outros países já estão adotando medidas semelhantes, com o Reino Unido, França, Índia e Noruega planejando proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis em diferentes prazos.

Uma característica interessante do projeto é que ele não visa apenas incentivar os veículos elétricos, mas também reconhece os biocombustíveis como uma alternativa viável. O texto estabelece que veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, não seriam afetados pela proibição. No entanto, algumas exceções seriam aplicadas, como a permissão para veículos de coleção, veículos oficiais e diplomáticos, e carros de visitantes estrangeiros continuarem a circular no país, mesmo que usem combustíveis fósseis.

Senado pode acabar com carros a gasolina e diesel em 2040

O relator da matéria na CMA, senador Carlos Viana (Podemos-MG), expressou apoio à proposta, ressaltando os compromissos internacionais do Brasil na redução de emissões de gases de efeito estufa. Ele argumentou que a migração para veículos menos impactantes ao meio ambiente, como os de tração elétrica e os movidos a biocombustíveis, não só reduzirá as emissões do setor de transportes, mas também impulsionará a indústria dos biocombustíveis, como o etanol.

A decisão da CMA é crucial e, se aprovada na comissão e não houver recurso de Plenário, o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. Esta iniciativa legislativa poderia ter um impacto significativo no futuro da mobilidade e no meio ambiente no Brasil, sinalizando um compromisso claro com a descarbonização da economia e a promoção de tecnologias mais limpas e sustentáveis no setor automotivo.

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